Após dois meses consecutivos de alta, o comércio varejista da Paraíba terminou dezembro, praticamente, com vendas estáveis sobre o mesmo mês do ano anterior (-0,1%), fechando o acumulado do ano de 2016 com a segunda menor queda do país, apontando sinais de recuperação do setor em uma intensidade mais rápida que a maioria das unidades da federação. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o desempenho do setor da Paraíba no ano passado fechou com uma retração bem pequena (-1,7%) quando comparada à média do país (-6,2%) e de outras 24 unidades da federação.
Com base nos dados consolidados pela Pesquisa Mensal do Comércio, o único Estado das 27 unidades da federação que encerrou com alta nas vendas do varejo no país em 2016 foi Roraima (1,2%), enquanto os estados de Minas Gerais (-1,6%) e da Paraíba (-1,7%) registraram as menores quedas do setor. Já as piores quedas do varejo partiram do Amapá (-18,1%), Pará (-13,1%) e de Rondônia (-12,3%). (Veja o ranking completo)
MENOR QUEDA DO NORDESTE - No cenário do Nordeste, a Paraíba registrou a menor queda entre os nove estados da Região. Os estados da Bahia (-12,1%), Pernambuco (-9,9%) e Sergipe (-9,9%) e Piauí (-8,8%) tiveram as quedas mais expressivas.
O indicador do varejo da Paraíba registrou uma redução bem abaixo que a maioria das unidades da federação, após a forte alta em novembro (11%), maior do país, e das vendas positivas de outubro (0,8%), reduzindo fortemente a queda do setor no ano passado.
VENDAS NO PAÍS TEM QUEDA HISTÓRICA - Com queda de 6,2% no volume de vendas do comércio varejista no ano passado, o país registrou a maior queda da série histórica, superando a de 2015, que havia sido de 4,3%, atingindo as oito atividades que compõem o varejo, seis das quais registrando as quedas mais acentuadas de suas séries históricas. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram o pior resultado. O setor exerceu a maior influência negativa na redução do total do varejo.
Segundo o IBGE, “a perda da renda real e o aumento de preços dos alimentos em domicílio, no mesmo período, foram os principais responsáveis pelo desempenho negativo do setor".
Taxa de crescimento do comércio varejista de novembro
Unidade da Federação
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Taxa de crescimento Do acumulado de 2016 em %
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Roraima
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1,2%
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Minas Gerais
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-1,6%
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PARAÍBA
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-1,7%
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São Paulo
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-4,8%
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Santa Catarina
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-5,1 %
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Paraná
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-5,2%
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Rio Grande do Sul
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-5,4 %
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BRASIL
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-6,2%
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Alagoas
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-6,4 %
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Ceará
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-6,7%
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Maranhão
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-6,8%
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Mato Grosso do Sul
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-6,9%
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Rio de Janeiro
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-8,0%
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Tocantins
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-8,6%
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Piauí
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-8,8 %
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Acre
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-9,0%
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Rio G. do Norte
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-9,1%
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Goiás
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-9,3%
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Mato Grosso
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-9,6%
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Pernambuco
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-9,9%
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Sergipe
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-9,9%
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Distrito Federal -
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10,0%
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Amazonas
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-10,6%
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Espírito Santo
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-10,6%
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Bahia
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-12,1%
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Rondônia
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-12,3%
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Pará
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-13,1%
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Amapá
|
-18,1%
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PMC/IBGE